Juliana Freitas

Ao ver o projeto de arquitetura quase sem paredes e com os tetos vazados desta residência, Juliana Freitas logo imaginou um paisagismo que invadisse os ambientes internos. Assim, para preencher os espaços praticamente integrados com a piscina, as varandas e as áreas externas, ela usou e abusou de plantas inusitadas, surpresas e novidades inesperadas. Como pode ser avistado desde a entrada social até os fundos da casa, o recuo lateral direito ganhou um jardim denso de meia-sombra com muitas árvores e folhagens em sua base. Fazendo um contraponto, o outro lado é formado por um grande gramado livre com vegetação recolhida junto aos muros e paredes.

Na fachada, destaca-se o tronco todo retorcido e marmorizado da Tataré, que tem um agradável perfume ao florescer. Ao lado dela, palmeiras carpentárias mais esbeltas e de tronco fino com sua copa reduzida em alturas variadas. Seguindo com o visual de troncos especiais, estão dispostos, no caminho, acácias seyal e paus mulatos, além de palmeiras laka e arecas vestiarias. Compondo as espécies mais baixas, aparecem folhagens exuberantes de formatos e cores interessantes como o imbé-gigante, o famoso guaimbê, o inhame roxo, a costela-de-adão e a estrela da passarela, a orelha-de-elefante gigante. Em evidência na área da piscina, o crinum rubro com suas folhas cor-de-vinho quase pretas, que florescem em tom de rosa pink e, na união do verde do interior com a paisagem do campo, capins azuis, agapantos, espadas de São Jorge, guaimbês, jasmins amarelos e russélias.